Uma breve história dos videoclips

Conheça a fantástica história desse incrível audiovisual que se tornou uma expressão artística

Quem não gosta de ver seus artistas preferidos, num bom videoclip hein? A história dos clipes musicais surgiu da necessidade de divulgar os artistas e suas músicas a públicos que não podiam ir aos shows, ou que os artistas não tinham acesso, principalmente pela distância entre as cidades, estados e países.

Antes da TV e da internet, formas rudimentares de clipes musicais já existiam. Nos anos 1920 e 1930, curtas musicais eram exibidos nos cinemas. Em 1929, Bessie Smith estrelou St. Louis Blues, um dos primeiros vídeos musicais da história. Animações como as dos Looney Tunes também ajudaram a popularizar a música com imagens. Na década de 1940, surgiram as Soundies, jukeboxes visuais que exibiam pequenos filmes musicais.

Nos anos 1960, o videoclipe começou a ganhar forma como conhecemos, e existe um consenso que os primeiros clips musicais foram feitos pelos Beatles, principalmente por causa de A Hard Days Night (1964), um filme que é um grande videoclipe, e Yellow submarine (1968), que é um musical animado.

Já a série de TV dos Monkees (1966–1968) usava vídeos musicais com humor, ajudando a moldar o formato. Durante os anos 1970, a tecnologia permitiu um novo tipo de produção e Bohemian Rhapsody, do Queen (1975), é considerado o primeiro videoclipe moderno, com efeitos visuais e narrativa cinematográfica. David Bowie explorou o videoclipe como expressão artística, como em Life on Mars (1973).

Nos anos 1980, o videoclipe viveu seu auge com a MTV, lançada em 1981. O primeiro clipe exibido foi Video Killed the Radio Star, dos Buggles. Mas foi Michael Jackson que revolucionou o formato com Thriller (1983), um marco na mistura de cinema e música, com cerca de 13 minutos de duração em sua versão sem cortes.

Madonna usou videoclipes para construir sua imagem provocativa, enquanto Duran Duran elevou o padrão visual com clipes filmados em locais exóticos. A partir daí, várias outras técnicas de produção foram sendo incorporados, criando obras como o clipe Sledgehammer, de Peter Gabriel, lançado em 1986 e misturando técnicas de Stop Motion e live action.

Nos anos 1990, o videoclipe expandiu sua narrativa e adotou efeitos especiais. Smells Like Teen Spirit (1991), do Nirvana, marcou a explosão do grunge. Diretores como Spike Jonze (Sabotage dos Beastie Boys) e Michel Gondry (Around the World do Deaf Punk) elevaram o videoclipe a uma forma de arte, o que acabou os levando para Hollywood.

Nos anos 2000, o YouTube democratizou o acesso aos videoclipes, trazendo os primeiros astros digitis:

OK Go viralizou com Here It Goes Again (2006), já Lady Gaga se consolidou como ícone pop com clipes como Poker Face (2000).

Na década de 2010, o streaming tornou-se a principal forma de consumo de clipes musicais. Beyoncé lançou o álbum visual Lemonade (2016). Já o This Is America (2018), de Childish Gambino, discutiu questões sociais.

O K-pop, com grupos como BTS e BLACKPINK, dominou o cenário global com vídeos cheios de coreografias e imagens impressionantes.

Hoje as plataformas como TikTok redefiniram o consumo de clipes, com trechos curtos viralizando. Videoclipes imersivos em realidade virtual e aumentada estão ganhando espaço, enquanto artistas virtuais, como Hatsune Miku, ganham popularidade.

Assim, o videoclipe evoluiu de simples complemento à música para uma forma de arte completa, que une cinema, moda, tecnologia e expressão artística, mantendo-se relevante na cultura pop global.

Entre os clipes mais legais já produzidos, além claro, dos citados acima, a gente pode citar:

Go bananas (2019), da banda Kittle Big, reflete o estilo excêntrico e irreverente pelo qual a essa banda eletrônica russa é conhecida, e a grande maioria dos seus vídeos musicais são completamente malucos e engraçados.

Take on me (1985) do A-Ha, que até hoje é uma referência, pois soube usar com maestria live-action com animação em estilo rotoscopia, uma técnica que combina ilustrações sobre filme, criando uma fusão única entre o real e o desenho. Se você não viu, não sabe o que está perdendo.

Another Brick in the Wall (1980) do Pink Floyd é um clipe de uma das músicas mais famosas da banda, com sua estética sombria e distópica, reforçando a mensagem anti-autoritária da música.

Mother Mother – Nobody Escapes (2024), todo feito em stop-motion e modelagem de papel, mistura arte experimental e visual impactante, explorando os temas da mortalidade e desigualdade.

Moby & The Void Pacific Choir: Are You Lost In The World Like Me? (2016) combina música eletrônica com uma crítica social contundente. utilizando um visual inspirado nas animações dos anos 1920 e 1930, usando a estética dos desenhos de Max Fleischer.

E é claro que a gente não poderia deixar de fora Gangnam Style, do Psy, lançado em 2012 e se tornou um marco na história, pois o clipe musical sulcoreano rompeu todas as barreiras de linguagem e foi sucesso mundial

 

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