Unindo sonhos, música, vídeo e dança, Autoexame de Corpo de Delito vai até no dia 27 de Outubro no TUSP

Uma espécie de máquina de sonhar que cria uma cena política de encantamento, Autoexame de Corpo de Delito é uma experiência que explora o universo dos sonhos a partir da mistura de diferentes linguagens artísticas.
O espetáculo tem sua temporada de estreia no TUSP – Teatro da USP, do Centro MariAntonia, de 20 de setembro a 27 de outubro, com sessões às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.
A partir de ideia original e dramaturgia da atriz Lucienne Guedes, a montagem tem encenação de Eliana Monteiro.
Em cena estão a própria atriz e o pianista Daniel Maudonnet, compositor das músicas originais.
No momento histórico em que vivemos, repletos de informações terríveis sobre as incessantes guerras, a destruição da natureza, as disputas por poder e o avanço de ideias autoritárias e extremistas, conseguir pensar de outras maneiras e ampliar o universo existencial virou necessidade de sobrevivência.
Para o neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro, em seu livro O Oráculo da Noite, “o sonho acontece no alheamento da realidade para imaginar o que poderia ser”. Foi a partir dessa importância dos sonhos na elaboração do mundo, feita por todos nós durante a noite, que a dramaturgia se desenvolveu.
Também foi um desafio imaginar um tipo de espetáculo que fosse tão encantador quanto os sonhos são.
A dramaturgia traz narrativas de sonhos que são alternadas com as canções, compostas especialmente para a peça.
Além dos sonhos escritos por Lucienne Guedes, foram escolhidos também alguns da obra do filósofo alemão Walter Benjamin.
Ele viveu na Alemanha nos anos entre a Primeira e da Segunda Guerras Mundiais, num contexto de destruição que muito pode se assemelhar ao nosso, sobretudo quanto à dificuldade em vislumbrar tempos melhores.
As músicas têm autoria de Daniel Maudonnet e letras de Lucienne Guedes. Logo no início do processo de criação, a atriz e dramaturga convidou o músico para estruturar sonoramente o universo do espetáculo.
O neurologista inglês Oliver Sacks, em seu livro Alucinações musicais, afirma que “nós, humanos, somos uma espécie musical, além de linguística”.
Ele ainda explica que a música é, ao mesmo tempo, tão fácil de entender e tão inexplicável, e reproduz as emoções mais íntimas do nosso ser, mas sem a realidade e distantes da dor.
Assim, sonhos e músicas, duas capacidades irmãs dos seres humanos, trabalham juntas na peça Autoexame de Corpo de Delito.
Para a diretora Eliana Monteiro, a peça é uma experiência criada para que as pessoas se conectem com seus próprios sonhos, de maneira coletiva, e então despertem para encarar a realidade.
“Tentam tirar o nosso tempo de sono e, consequentemente, de sonho para que estejamos anestesiados, sem sentir ou compreender o que somos ou desejamos.
Recompor o sonho como parte de nossa existência é demarcar os contornos daquilo que nos humaniza e não pode ser tolhido”, afirma a encenadora.
Sem separação física entre a atriz, o pianista e o público, a sala de concertos do Centro MariAntonia – TUSP se torna um espaço imersivo e onírico.
A peça dá continuidade à parceria entre a encenadora e a atriz e dramaturga.
Elas já trabalharam juntas em peças do Teatro da Vertigem e outras, como em A Última Palavra é a Penúltima 2.0 (2014), Enquanto Ela Dormia (2017) e Na Solidão dos Campos de Algodão (2022), entre outros trabalhos.
A equipe criativa tem ainda Aline Santini na iluminação, Bianca Turner nos vídeos, Claudia Schapira no figurino e Irupé Sarmiento na direção de movimento.

Sinopse
A peça é feita de narrativas de sonhos e de canções originais. Duas pessoas – a mulher que canta e o músico – são figuras de um mundo onírico, paralelo ao mundo real.
Eles aparecem numa espécie de sala de concerto, transformando-a num espaço de fronteira entre a vigília e o sonho.
O público, convidado a mergulhar em seus próprios sonhos, se dispõe em meio à música e a ação da atriz.
Ficha técnica
Dramaturgia e atuação: Lucienne Guedes
Encenação e espaço cênico: Eliana Monteiro
Piano, composição musical e arranjos: Daniel Maudonnet
Letras das músicas: Lucienne Guedes
Iluminação: Aline Santini
Vídeo: Bianca Turner
Direção de movimento: Irupé Sarmiento
Figurino: Claudia Schapira
Assistência de iluminação e operação de luz: Gabriela Ciancio
Operação de luz: Felipe Mendes
Engenharia de som: Filipe Magalhães
Design: Renan Marcondes
Fotografia: Mayra Azzi
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Redes sociais: Jorge Ferreira
Estagiaria no processo de criação: Bárbara Freitas
Assistência de produção: Renata Allucci e Sofia Marucci
Direção de produção: Leonardo Birche
Serviço
Autoexame de Corpo de Delito
Temporada: 20 de setembro a 27 de outubro*
Sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h
*Sessões extra com interpretação em Libras: 3 e 17 de outubro
Teatro da USP | Centro MariAntonia – Rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque
Ingressos: gratuitos, distribuídos 1h antes de cada sessão na bilheteria
Capacidade: 60 lugares
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

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Fonte: Pombo Correio Assessoria de Comunicação
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