Parte intermediária aumenta tensão e deixa a série a poucos passos do desfecho
Após quase uma década acompanhando o fenômeno, “Stranger Things” chega perto da linha de chegada com a sensação de que ainda havia muito a resolver — e o Volume 2 da quinta temporada abraça justamente essa urgência. Em vez de desacelerar, os episódios mantêm o ritmo alto e já deixam claro que a reta final vai cobrar caro: ninguém parece totalmente seguro, e as escolhas da temporada continuam apostando em riscos grandes para personagens centrais.
O Volume 2 começa com os núcleos ainda separados entre Hawkins, o Mundo Invertido e o território mental ligado a Vecna, enquanto o grupo tenta transformar a conexão de Will com a mente coletiva em vantagem. Ao mesmo tempo, alguns personagens correm contra o relógio para “voltar” ao próprio corpo e ao mundo físico, e o restante tenta se reagrupar e corrigir erros que custaram caro no fim do Volume 1.
Como “capítulo do meio”, a parte funciona muito mais como ponte do que como fechamento: entrega explicações e pistas importantes, mas segura resoluções para o último episódio. A crítica recorrente é que o formato picotado pode gerar mais frustração do que suspense, já que a história avança sem dar aquele senso de conclusão de arco — apesar de, segundo várias análises, o texto compensar com set pieces fortes e momentos emocionais que deixam alguns atores brilharem.
Outro ponto que ganha força nesse trecho é o quanto a série passa a dialogar com o material do universo expandido, especialmente a peça “Stranger Things: The First Shadow”, que muitos textos apontam como chave para entender detalhes do passado de Henry/Vecna e conexões de lore na temporada. Com pouco tempo restante — a promessa é de um final longo e “cinematográfico” —, o Volume 2 termina no modo preparação total: resolve algumas perguntas antigas, cria outras maiores e coloca o público exatamente no lugar que uma história final quer deixar antes do mergulho derradeiro.
Fonte: Screenrant
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