Lançado pela Estação Liberdade, novo volume examina como a ideia de esfera moldou dois milênios de pensamento humano

A Editora Estação Liberdade apresenta um dos lançamentos mais aguardados da filosofia contemporânea: Esferas II – Globos, segundo volume da trilogia monumental de Peter Sloterdijk. Com tradução de Nélio Schneider e quase 900 páginas, o livro dá continuidade ao projeto iniciado em Bolhas, expandindo agora o foco para as grandes dimensões da existência e os fundamentos históricos da globalização.
Sloterdijk propõe uma verdadeira “arqueologia da globalização”, onde o formato da esfera é visto como metáfora central de ordem e totalidade do pensamento ocidental. Da geometrização do cosmos em Platão e Aristóteles até as primeiras circunavegações do planeta, o filósofo revisita mais de dois mil e quinhentos anos de história para mostrar como a forma esférica estruturou nossa percepção de mundo — do indivíduo interiorizado ao globo planetário interconectado.
O autor argumenta que a globalização, antes de ser apenas um fenômeno econômico, nasce como uma visão cosmológica: primeiro nas esferas celestes da Antiguidade e depois nos globos imperiais do Renascimento. Hoje, essa lógica entra em crise diante da virtualização total das relações humanas, naquilo que ele chama de “terceira globalização” — uma era em que o espaço físico perde consistência e as conexões se tornam abstratas e onipresentes.
Conhecido por seu estilo provocador, Sloterdijk consolida em Globos uma das reflexões mais abrangentes sobre a condição humana contemporânea. Autor de obras como Crítica da razão cínica, Ira e tempo e Regras para o parque humano, o pensador alemão reafirma seu papel como um dos grandes intérpretes do nosso tempo, capaz de unir filosofia, política, arte e ciência em uma narrativa de fôlego e imaginação filosófica rara.
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