Orquestra Ouro Preto celebra Luiz Gonzaga em concerto

Novo álbum e audiovisual tratam o Rei do Baião com rigor de música de concerto

Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra_Maestro Rodrigo Toffolo (Foto @raphagarcia)

A Orquestra Ouro Preto lança em 26 de dezembro o álbum e o audiovisual “Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra”, gravados no Teatro do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, sob regência de Rodrigo Toffolo. A obra chega a todas as plataformas digitais e ao YouTube da Orquestra apresentando o repertório de Luiz Gonzaga com o mesmo cuidado estético, técnico e interpretativo dedicado aos grandes mestres da música de concerto, reafirmando o compositor como um dos pilares da identidade musical brasileira.

Ao combinar naipe de cordas com um autêntico trio pé de serra, o projeto evidencia a sofisticação harmônica, rítmica e melódica presente no cancioneiro nordestino de Gonzagão, frequentemente subestimada. Com arranjos inéditos de Mateus Freire, a Orquestra Ouro Preto — já reconhecida por leituras de Mozart, Vivaldi e Villa‑Lobos — cruza tradição popular e linguagem sinfônica em alto nível, preservando a essência das canções enquanto amplia suas possibilidades expressivas. O resultado é um encontro em que baião, xote e xaxado se tornam também matéria de música de câmera.

O repertório revisita clássicos como “Asa Branca”, “Assum Preto”, “O Xote das Meninas”, “Sabiá”, “Vida de Viajante” e “Paraíba”, entre outros momentos marcantes como “Respeita Januário”, “Qui Nem Jiló”, “Numa Sala de Reboco”, “Pau de Arara” e “Vem Morena”. Em cada faixa, as cordas assumem ora papel narrativo, ora dialogam diretamente com sanfona, zabumba e triângulo, criando texturas que vão do épico ao delicado sem perder o caráter profundamente brasileiro. Para o maestro Rodrigo Toffolo, tratar Gonzaga com o mesmo rigor dedicado aos grandes nomes da música erudita é um gesto necessário de reconhecimento à força da cultura popular.

A gravação, assinada pelo engenheiro de som Bruno Corrêa, destaca nuances de dinâmica, timbre e espaço, valorizando tanto a potência rítmica do baião quanto a riqueza das linhas orquestrais. No registro em vídeo dirigido por Luiz Abreu, a câmera evita excessos e se coloca a serviço da música, focando gesto, interpretação e interação entre os músicos. Lançado pela Musickeria, o projeto reafirma a relevância contemporânea de uma obra que soma mais de 480 composições e 1.250 gravações, mostrando que Luiz Gonzaga transcende gêneros e fronteiras e consolidando a Orquestra Ouro Preto como uma das formações mais inventivas do cenário brasileiro atual.

Mais informações: www.orquestraouropreto.com.br
Siga nas redes sociais: @orquestraouropreto

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