O CÉU DA LÍNGUA em São Paulo, no Teatro Unimed

Escrito por Luciana Paes e Gregorio Duvivier e dirigido por Luciana Paes, montagem já levou 150 mil espectadores ao teatro desde fevereiro de 2025 em turnê que passou por dezenas de cidades do Brasil e em Portugal.

O CÉU DA LÍNGUA em São Paulo, no Teatro Unimed
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Quem tem medo de poesia? Gregorio Duvivier não faz parte deste grupo e, como um apaixonado, faz de tudo para persuadir os outros das qualidades do seu objeto de encanto – até mesmo criar um espetáculo sobre o assunto. No monólogo cômico “O Céu da Língua”, o artista usa o seu discurso sedutor para convencer o público de que tropeçamos diariamente na poesia e o assunto é prazeroso e divertido.

“A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, para isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura”.

A direção é da atriz Luciana Paes, parceira de Gregório nos improvisos do espetáculo Portátil. No palco, com cenografia de Dina Salem Levy, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do comediante, manipula as projeções exibidas ao fundo da cena. O resto é só o comediante e sua lábia desafiadora:

“Acredito que o Gregorio tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana, uma das fundadoras da celebrada Cia. Hiato, que estreia na função de diretora teatral.

“O Céu da Língua” não é um recital e tampouco o artista declamará Castro Alves, Fernando Pessoa ou Carlos Drummond de Andrade. Por outro lado, garante Luciana, a dramaturgia não deixa de ser poética neste “stand-up comedy pegadinha”, como ela bem define.

O Gregorio

“O Gregorio simpático e engraçado está no palco ao lado do Gregorio intelectual com seu fluxo de pensamento ininterrupto e imagino que, por isso, a plateia deve embarcar na proposta”, aposta a diretora. “Ele, graças aos seus recursos de ator, pega o público distraído e ninguém resiste quando é surpreendido por alguém apaixonado.”

Toda linguagem é um acordo e, se você entende, tudo bem. Gregorio, desde a infância, carrega uma obsessão pela palavra, pela comunicação verbal, pela língua portuguesa.  Assim o protagonista, por exemplo, brinca com códigos, como aqueles que, em sua maioria, só são decifrados por pais e filhos ou casais enamorados.

As reformas ortográficas que tiram letras de circulação e derrubam acentos capazes de alterar o sentido das palavras inspiram o artista em tiradas bem-humoradas. O mesmo acontece quando ele comenta a ressurreição de palavras esquecidas, como “irado”, “sinistro” e “brutal”, que voltaram ressignificadas ao vocabulário dos jovens. E aquelas que só de ouvi-las geram sensações estranhas, a exemplo de afta, íngua, seborreia, ou outras, inventadas, repetidas à exaustão, como “atravessamento”, “namorido” ou “almojanta”? Até destas Gregorio extrai humor.

Para o artista, a língua é algo que nos une, nos move, mas raramente damos atenção a ela. É só pensar nas metáforas usadas no cotidiano – “batata da perna”, “céu da boca”, “pisando em ovos”. Nesta hora, usamos a poesia e nem percebemos.

Nesta cumplicidade com a plateia, Gregorio mostra gradativamente que a poesia não tem nada de hermética e, claro, homenageia Portugal, o país que emprestou ao Brasil a sua língua para que todos se comunicassem. Além de Fernando Pessoa, o ator evoca o poeta Eugênio de Andrade e lembra de que a origem de “O Céu da Língua” está relacionada ao espetáculo “Um Português e Um Brasileiro Entram no Bar”.

O divertido

O divertido intercâmbio linguístico colocou no mesmo palco Gregório e o humorista luso Ricardo Araújo Pereira em improvisações sobre o idioma que os une.

O CÉU DA LÍNGUA

Texto: Gregorio Duvivier e Luciana Paes

Interpretação: Gregorio Duvivier

Direção: Luciana Paes

Direção musical e execução da trilha: Pedro Aune

Assistente de direção e projeções: Theodora Duvivier

Iluminação: Ana Luzia de Simoni

Cenografia: Dina Salem Levy

Assistente de cenografia: Alice Cruz

Figurinos: Elisa Faulhaber e Brunella Provvidente

Visagismo: Vanessa Andrea

Designer gráfico publicação: Estúdio M-CAU – Maria Cau Levy e Ana David

Identidade visual divulgação: Laercio Lopo

Comunicação: Raquel Murano

Marketing digital: Renato Passos

Assessoria de imprensa RJ: Pedro Neves

Assessoria de imprensa SP: Pombo Correio

Fotos: Demian Jacob, Priscila Prade, Joana Calejo Pires e Raquel Pelicano

Diretor técnico: Lelê Siqueira

Diretor de palco: Reynaldo Thomaz

Técnico de som: Dugg Mont

Assistente de palco: Daniela Mattos

Gerente de Projetos: Andréia Porto

Assistente de produção: João Byington de Faria

Produção executiva: Lucas Lentini

Direção de produção: Clarissa Rockenbach e Fernando Padilha

Produção: Pad Rok

SERVIÇO

ESPAÇO UNIMED – Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda – São Paulo

Apresentações: dias 31 de janeiro, sábado às 21h30 e 01 de fevereiro, domingo, às 21h30

Abertura da casa: 1h30 antes de cada sessão

Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 80 minutos

Valores:

Camarote A: 180,00

Camarote B: 160,00

Setores:

Platinum: R$ 220,00

Azul Premium: R$ 180,00

Azul: R$ 160,00

19ABCD: R$ 140,00

EFGH: R$ 120,00

IJK: R$ 100,00

Teatro é Semana Pop

Fonte: Pombo Correio Assessoria de Comunicação

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