Documentário‑comédia com narração de Gregório Duvivier revisita o país de Aparício Torelly, entre a graça e a desgraça
O canal Curta! apresenta “O Brasil que não Houve – As Aventuras do Barão de Itararé no Reino de Getúlio Vargas”, um documentário‑comédia que celebra o humor corrosivo do jornalista gaúcho Aparício Torelly, o Barão de Itararé, e passeia pela história do Brasil do descobrimento aos dias atuais com conexões satíricas e bem‑humoradas. Inédito e exclusivo, o filme chega à TV após exibições na Flip e no Festival do Rio, apostando em linguagem irreverente para confrontar versões oficiais e iluminar contradições nacionais.
Dirigido por Renato Terra e Arnaldo Branco, com narração de Gregório Duvivier e participações de Fábio Porchat e Rafael Portugal, o longa mistura encenações, imagens de arquivo, jornais da época e animações. O roteiro acompanha a infância e o “jornalismo mentira, humorismo verdade” do Barão, fundador de A Manha, satirista que atravessou a Era Vargas e foi preso três vezes. Entre aforismos clássicos e tiradas mordazes, o filme refaz a linhagem do humor político que inspira gerações e ainda ressoa como meme.
A obra reencena a “batalha que não houve” que batiza o Barão, usa a “superlente” de Apporelly para narrar uma “República Generalizada” e mapeia como sua verve influenciou herdeiros como O Pasquim, Casseta & Planeta e Sensacionalista. Mais que biografia, é um espelho torto do país: um passeio entre a graça e a desgraça, em que a piada vira ferramenta de crítica social — e de sobrevivência — diante de autoritarismos, conchavos e promessas vazias.
Produção da Inquietude viabilizada pelo FSA, o filme estreia no Curta! no dia temático Sextas de História e Sociedade (24/10, 22h) e fica disponível no CurtaOn – Clube de Documentários (Prime Video Channels, Claro TV+ e site) um dia depois. Para quem curte humor político, arquivo raro e montagem inventiva, é oportunidade de revisitar Aparício Torelly e entender por que suas frases continuam atuais — “o que se leva desta vida é a vida que se leva” — e necessárias.
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