Não é nada fácil dizer quais são as melhores HQs de todos os tempos. Com milhares de publicações existentes, das editoras gigantes como Marvel, DC Comics, Image, Dark Horse, além das dezenas de outras menores, sem contar HQ orientais (conhecidas como mangás”), explorar o incrível universo das histórias em quadrinhos e apontar aquelas que realmente são as melhores, é tarefa praticamente impossível.
Por isso, vou trazer aqui algumas das que pessoalmente considero relevante. São as que realmente folheei e devorei avidamente. Como sei que há muitas outras HQs ótimas e que seria muito difícil colocar todas em uma única lista, irei fazer estas indicações por partes.
Essas são HQs que, por um motivo ou outro, tem um lugar especial na minha estante 🙂
X-Men: Saga da Fênix Negra

“X-Men: Saga da Fênix Negra” é uma história em quadrinhos publicada pela Marvel Comics, que conta a história de Jean Grey e a Força Fênix. Foi escrito por Chris Claremont, ilustrado por Dave Cockram e John Byrne.
A história se passa enquanto os X-Men lutam contra a ameaça do Império Shi’ar. Jean Grey é enviada em uma missão onde encontra uma fonte de energia cósmica. Esta força desperta a Força Fênix, um ser cósmico associado a Jean Grey.
A Força Fênix dá a Jean Grey poder ilimitado, mas ela também se torna má, se transformando na Fênix Negra, e cometendo uma série de atos violentos, incluindo a destruição de planetas inteiros.
Os X-Men então partem para enfrentar a entidade cósmida que possuiu o corpo de Jean. Após muita luta, eles conseguem derrotar a Fênix Negra, mas Jean Grey morre no processo. A morte dela é um acontecimento chocante para os X-Men e uma nova era para a equipe.
Sandman

“Sandman” é uma aclamada série de quadrinhos criada por Neil Gaiman, publicada pela DC Comics sob o selo Vertigo. A série foi lançada em janeiro de 1989 e teve 75 edições, terminando em março de 1996.
A Hq conta a história de Morpheus, também conhecido como Sonho, um dos sete Perpétuos. Os outros são Destino, Morte, Desejo, Desespero, Delírio e Destruição. A série começa com Morpheus sendo aprisionado por um ocultista por várias décadas e acompanha suas aventuras após sua libertação, explorando temas como o poder, responsabilidade, mudança e mortalidade.
“Sandman” é conhecido por sua narrativa rica e complexa, misturando elementos de mitologia, história, literatura e cultura popular, e suas capas icônicas foram criadas por Dave McKean.
Amplamente aclamado pela crítica, se tornou um marco na literatura de quadrinhos, sendo uma das primeiras séries a ser incluída na lista de bestsellers do The New York Times. Ganhou inúmeros prêmios, incluindo o World Fantasy Award, e ajudou a legitimar as HQs como uma forma de arte literária séria.
Em 2022, a popularidade de Sandman ajudou a série a ser adaptada para Netflix, com Neil Gaiman envolvido na produção.
Batman: O Cavaleiro das Trevas

“Batman: O Cavaleiro das Trevas” é uma das mais icônicas e influentes histórias em quadrinhos do Batman, escrita e desenhada por Frank Miller, com colaborações de Klaus Janson e Lynn Varley. Publicada pela primeira vez em 1986 pela DC Comics, a minissérie de quatro edições, retrata um Bruce Wayne mais velho, aposentado como Batman há uma década, que decide voltar à ativa em uma Gotham City mergulhada no caos e na criminalidade.
Sua volta à ação atrai a atenção de velhos inimigos e aliados, incluindo o Coringa, que sai de um estado catatônico, e o Superman, que agora trabalha para o governo dos Estados Unidos.
Um dos aspectos mais marcantes de “O Cavaleiro das Trevas” é a sua abordagem madura e sombria dos personagens e temas. Frank Miller explora a psicologia de Bruce Wayne e os efeitos de sua vida como vigilante, bem como as questões de poder e autoridade. A história questiona a moralidade do vigilantismo e o papel dos heróis em uma sociedade moderna.
A série de HQs recebeu aclamação da crítica e dos fãs, ajudando a redefinir o gênero de super-heróis e influenciar profundamente a representação do Batman. A obra é frequentemente citada ao lado de “Watchmen” de Alan Moore como uma das HQs que ajudaram a trazer uma abordagem mais adulta e complexa às histórias em quadrinhos durante os anos 1980.
Watchmen

Escrita por Alan Moore, com arte de Dave Gibbons, foi publicada pela DC Comics entre 1986 e 1987. Até hoje é apontada como uma das obras mais influentes na história dos quadrinhos, “Watchmen” se destaca por personagens complexos e dúbios, subvertendo as convenções tradicionais dos super-heróis.
A história se passa em uma realidade alternativa onde os heróis surgiram nos anos 1940 e 1960, alterando significativamente a história mundial. A trama central é o assassinato de Edward Blake, conhecido como o Comediante, um herói que trabalhava para o governo dos EUA. Rorschach, um vigilante mascarado, começa a investigar a morte de Blake e descobre uma conspiração que ameaça não apenas a vida dos heróis, mas a própria estabilidade mundial.
A narrativa de “Watchmen” utiliza uma estrutura não linear e inclui interlúdios textuais, como recortes de jornais e trechos de livros, que acrescentam profundidade ao universo ficcional. A série foi a primeira graphic novel a ganhar um prêmio Hugo e foi incluída na lista dos 100 melhores romances da revista Time. Além dos quadrinhos, “Watchmen” foi adaptada para um filme em 2009, dirigido por Zack Snyder, e para uma série de televisão da HBO em 2019, que serve como uma continuação da história original.
MAUS

“Maus” é uma aclamada graphic novel escrita e ilustrada por Art Spiegelman. Publicada em dois volumes, “Maus: A Survivor’s Tale” (1986) e “Maus II: And Here My Troubles Began” (1991), a obra retrata a experiência do pai do autor, Vladek Spiegelman, um judeu polonês, durante o Holocausto, bem como a complexa relação entre pai e filho.
Alternando entre o passado e o presente, Vladek conta a Art sobre sua vida na Polônia antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial, incluindo sua sobrevivência em Auschwitz. No presente, vemos a interação entre Art e Vladek, revelando as dificuldades de lidar com as cicatrizes emocionais deixadas pelo Holocausto e o impacto do trauma na família.
Uma característica distintiva de “Maus” é o uso de animais para representar diferentes grupos étnicos e nacionais: os judeus são desenhados como ratos, os alemães como gatos, os poloneses como porcos, e os americanos como cães. Esse estilo visual único serve para enfatizar a desumanização e os estereótipos presentes durante a guerra, além de criar um contraste poderoso com a seriedade do tema.
“Maus” é elogiado por sua profundidade emocional, complexidade e inovação no uso dos quadrinhos como meio de contar uma história histórica e autobiográfica. A obra recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Prêmio Pulitzer de 1992, sendo a primeira graphic novel a ganhar esse prestigioso prêmio.
Em breve, trago mais algumas HQs que irão gostar muito de ler.
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