Obra vencedora do Prêmio Tato Literário chega com humor ácido e melancolia pela orlando

A escritora e jornalista Maíra Valério apresenta “Amarga”, seu mais recente livro de poesia, vencedor do Prêmio Tato Literário na categoria poesia, que navega por solidão, trabalho, amor, trauma e a pressão pela felicidade em tempos de redes sociais. A obra está em pré-venda pela editora orlando até 30 de outubro, com 10% de desconto, marca-página, botton personalizado e vaga na oficina “Escreva sua raiva: um mergulho pelas águas da fúria feminina”, ministrada pela autora, com lançamento previsto para novembro de 2025.
Com versos secos, sarcasmo e toques de humor, “Amarga” explora o que há de desagradável e obscuro mesmo na banalidade do cotidiano, desafiando o imperativo de felicidade que atravessa a sociedade contemporânea. “É um soco nas facetas dentárias de resina que sorriem forçadamente pelas redes sociais, em meio ao caos e às tragédias”, define a autora, apoiada pela epígrafe de Hilda Hilst: “Só não existe amargura onde não existe o ser”.
Dividido em cinco seções — “remela”, “vazio em full HD”, “mordendo a cutícula”, “indigestão” e “trabalhar pra morrer” —, o livro mergulha em imagens do urbano e do digital, com elementos recorrentes como comida, coração, mãos e olhos, trabalhando com um eu lírico assumidamente amargo, exagerado, ansioso e cansado. Nascida em Brasília, Maíra reconhece a influência da capital em sua escrita: “Brasília é um paraíso artificial que, ao mesmo tempo, esmaga as pessoas com toques de recolher e distâncias calculadas”, reflete, em versos que mesclam o individual e o coletivo, o íntimo e o político.
Escrito majoritariamente a partir de 2022 em intervalos de trabalho, de madrugada, dentro de ônibus e ubers, o livro tem referências como Hilda Hilst, Cecilia Pavón e Adélia Prado, além de influências musicais (Courtney Barnett e bandas punks feministas), da cultura DIY e dos quadrinhos, resultando numa linguagem “cartunesca”. A capa é assinada pelo ilustrador e quadrinista Caio Gomez, parceiro de Maíra no zine “Faz sol e chuva em Brasília”, e o texto de orelha é da escritora Thaís Campolina.
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