O novo capítulo de terror e ficção científica é ambientado entre os eventos do filme original de Ridley Scott e a sequência de James Cameron
Os filmes Prometheus e Alien: Covenant, dirigidos por Ridley Scott em 2012 e 2018, tentaram redirecionar a franquia Alien para novos caminhos. Apesar de serem ambiciosos, os prequels focaram demais em mitologias complicadas, tornando-os menos eficazes em entregar o terror puro pelo qual a franquia é famosa. Fede Alvarez faz uma escolha inteligente com Alien: Romulus: ele volta às origens da franquia, situando sua história entre o primeiro filme de 1979 e a sequência de 1986. O filme inclui muitos elementos familiares, quase parecendo um tributo.
O Diretor deixou claro seu respeito e admiração pelos dois primeiros filmes, e mesmo que seu estilo seja mais voltado para a ação como no filme Aliens, ele não perde a atmosfera claustrofóbica e o terror crescente que fazem eco ao primeiro filme da franquia. Embora o filme tenha momentos exagerados, há tensão e sustos o suficiente para agradar os fãs da série.
Assim como nas histórias anteriores, o verdadeiro vilão não é apenas o monstro alienígena, mas também o capitalismo desenfreado da corporação Weyland-Yutani, disposta a sacrificar vidas humanas para adquirir as criaturas alienígenas. Em Alien: Romulus, a ganância corporativa continua sendo um tema central, com os trabalhadores da colônia Jackson’s Star presos em condições terríveis e explorados ao máximo.
Rain Carradine (Cailee Spaeny) é uma trabalhadora que sonha em escapar da colônia junto com Andy (David Jonsson), um sintético que foi descartado pela corporação. Juntos, eles se envolvem em uma trama em que eles não esperavam despertar o perigo mortal dos xenomorfos.
Fede Alvarez faz ajustes interessantes na forma como os xenomorfos atacam, incluindo uma cena quando a criatura sai do peito da vítima, mais longa e detalhada. Ele também utiliza efeitos práticos sempre que possível, o que traz uma sensação autêntica de terror. A estética sombria e claustrofóbica é intensificada pela trilha sonora que evoca o clássico tema dos filmes originais.
Cailee Spaeny se destaca no papel principal, mostrando-se uma protagonista carismática e corajosa, com uma performance que traz ecos da icônica Ripley de Sigourney Weaver.
No geral, Alien: Romulus oferece sustos genuínos e mantém o ritmo acelerado, satisfazendo os fãs de longa data da franquia e mostrando que, mesmo décadas depois, os xenomorfos ainda são algumas das criaturas mais assustadoras da história do cinema.
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