O diretor Rupert Sandersfala sobre trabalho e sobre o filme que estreia em 22 de agosto
Muita coisa mudou desde a publicação de O Corvo por James O’Barr em 1989, especialmente em relação às representações femininas. O diretor da mais recente adaptação, Rupert Sanders, disse que quis focar na trágica história de amor que está no cerne do material original. “Eu me afastei da vingança vazia. Tipo, ‘Você matou minha memória; eu mato mil pessoas’. FKA Twigs (que interpreta Shelly) é incrível e eu realmente queria que ela tivesse o tempo que fosse possível na tela, para que pudéssemos acompanhar Eric em sua jornada.”
O diretor de Branca de Neve e o Caçador e Ghost in the Shell (2017) destaca rapidamente que esta é uma produção independente, com classificação restrita e cheia de violência. O filme ficou anos no limbo do desenvolvimento, com muitos diretores e atores ligados ao projeto, mas Sanders credita à “tenacidade” de sua equipe o fato do longa finalmente ter chegado aos cinemas. Nesta versão, Bill Skarsgård é Eric, também conhecido como O Corvo, que volta dos mortos para vingar o assassinato de sua amada Shelly.

A verdade é que há várias nuvens escuras pairando sobre O Corvo. A série de quadrinhos de O’Barr foi escrita após sua namorada ser morta em um acidente causado por um motorista bêbado, enquanto o astro Brandon Lee foi morto por um disparo acidental durante as filmagens do filme de 1994. O próprio diretor é supersticioso o suficiente para encontrar soluções práticas no set. “Acho que coisas trágicas, como o que aconteceu com Brandon Lee, não deveriam acontecer em um set de filmagem, e somos bastante meticulosos com verificações e controles em torno do trabalho de dublês. Se você tem uma estratégia de controle em vigor, então tudo estará seguro.”
Esses cuidados e proteções tornam-se ainda mais importantes quando se tem um ator principal como Skarsgård, que está disposto a literalmente se jogar nos desafios dos efeitos práticos. “Depois de 40 noites de gravações, havia esse grande tanque de óleo preto, e eu disse, ‘Bill, você não gostaria de entrar lá, gostaria?’ E ele respondeu, ‘Claro!’ e pulou direto.”

Essas imagens aparecem na sequência de abertura, e o objetivo de Sanders é que elas estejam entre muitas que permanecerão com o público muito tempo depois do fim do filme. “Eu as chamo de cicatrizes na retina. Muitos filmes que eu vi, carrego comigo subconscientemente; Se as pessoas disserem que há uma imagem que ainda permanece com elas anos depois de erem o filme, então acho que fiz meu trabalho.”
Matéria original é da Total Film.
Filmes é Semana Pop
Assista o programa especial Gatos no Cinema
Siga Luiz Amoasei no Instagram
Conheça a produtora: IdeiaDigital
Lembrando que todo o conteúdo de artigos produzidos por terceiros, não é de responsabilidade do portal Semana Pop.