Curta! exibe produções sobre desinformação e luta das mulheres no Brasil

O inédito “A Terra é Redonda: O Universo na Era da Desinformação” acompanha o astronauta francês Thomas Pesquet e outros personagens para investigar a origem, a força e as consequências de movimentos negacionistas e conspiratórios. Ao mostrar ataques virtuais, ofensas e acusações de fraude às imagens do espaço, o filme evidencia como o anonimato e o ambiente das redes sociais ampliam discursos de ódio e desconfiança contra a ciência. Dirigido por Pierre Zéau e Elsa Guiol, o documentário recorre a imagens de arquivo, especialistas e influenciadores conspiracionistas para revelar as engrenagens da desinformação e suas estratégias de sedução do público.
A produção se debruça sobre três eixos principais: a conquista espacial, a teoria da Terra plana e crenças em encontros alienígenas, apontando como seus defensores ignoram evidências e distorcem dados para alimentar narrativas alternativas. Ao contextualizar o crescimento desse cenário desde o fim dos anos 1960, o filme discute como essas teorias, aparentemente inofensivas, podem servir de porta de entrada para conteúdos mais perigosos, com objetivos políticos e potencial de corrosão da democracia. Entre os depoimentos, o diretor do Observatório da Conspiração, Rudy Reichstadt, e o físico Christophe Galfard reforçam a importância de preservar o conhecimento científico como base de avanços futuros e de enfrentar o obscurantismo.
Exibido no dia temático Sextas de História e Sociedade, o documentário integra a programação do Curta! e também está disponível no CurtaOn – Clube de Documentários, acessível via Prime Video Channels, Claro TV+ e site oficial da plataforma. Ao discutir o papel dos meios de comunicação, das plataformas digitais e da própria sociedade civil, a obra convida o público a refletir sobre responsabilidade, pensamento crítico e os caminhos possíveis para superar a crise de confiança em torno da ciência.
Na mesma linha de reflexão social, “Um Filme Para Beatrice”, de Helena Solberg, revisita a trajetória da cineasta para responder a uma pergunta urgente: como vivem as mulheres no Brasil hoje. A partir de arquivos, trechos de filmes, reportagens e depoimentos inéditos, o documentário reconstrói uma filmografia marcada por temas sociais e feministas, de “A entrevista” (1966) a “Vida de menina” (2005) e “The Emerging Woman” (1975). Ao lado de vozes como Heloisa Teixeira, Helena Vieira, Rita von Hunty, Maria Rita Kehl e a ministra Anielle Franco, Solberg debate a luta histórica e os desafios atuais das mulheres, conectando gênero a raça, meio ambiente e justiça social, e reafirmando o cinema como ferramenta de crítica, memória e transformação.
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