Evento compacto, lineup surpresa e shows de peso conquistam o público

Parecia impossível, uma tarefa hercúlea: montar um festival em poucos meses — mas a Heineken conseguiu. Tenho acompanhado de perto alguns dos maiores festivais dos últimos meses (Lollapalooza, Best of Blues and Rock e The Town) e, em conversas com Luís Justo (CEO da Rock World) e Marcelo Beraldo (diretor artístico do Lollapalooza Brasil), ficou claro não só o tamanho do desafio, mas o extenso trabalho necessário para erguer um evento desse porte, da infraestrutura à agenda dos artistas.
A Heineken, porém, parece ter feito mágica e entregou uma amostra do que pode escalar nos próximos anos: o No Lineup Festival. A edição deste ano, pequena em dimensões e grande em expectativas, estreou com uma proposta ousada — você vai ao festival sem saber quem vai se apresentar. O que parecia convite ao ceticismo virou sucesso imediato.
Houve percalços, claro: a distribuição de ingressos gratuitos gerou reclamações de quem ficou de fora. Natural, considerando que o espaço físico era menor que o de festivais pagos e até de eventos gratuitos de música, como a Virada Cultural. Para quem entrou, a recompensa foi generosa: um lineup surpresa robusto, com artistas renomados e performances arrebatadoras. A proximidade com o palco criou uma intimidade rara entre artistas e público.
Os portões abriram às 15h com o DJ Nuvem. Na sequência, vieram Don L, Pelados e Soccer Mommy. A régua, que já estava alta, subiu ainda mais com TV on the Radio, Panic Shack, Thalin e Negro Leo. Quando parecia que o ápice seria o encontro de Mano Brown, Rael e Rincon Sapiência, o jogo virou de vez com Chaka Khan, Metá Metá, Arca, DJ K, Alma Negrot e DJ Tessuto.

Entre um show e outro, conversei com Cecília Bottai Mondino, VP de Marketing do Grupo Heineken. Ela afirmou que a proposta do festival foi plenamente alcançada e que, para os artistas, tocar para um público “surpresa” — que nem sempre conhece toda a discografia — também foi uma experiência nova e estimulante.
Se o termômetro de um festival é a energia da plateia, a reação que se viu indica que este foi só o primeiro de muitos festivais “Heineken No Lineup”.
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