Poeta, cantor e compositor paraibano, artista transmite o legado de grandes nomes do gênero para novas gerações com uma musicalidade versátil e contemporânea

Por onde anda o forró? Se há um gênero musical genuinamente brasileiro que atravessa décadas, excede modas e conquista novos públicos a cada geração, este é o Forró.
Versátil em suas narrativas, levadas – xote, baião, galope, xaxado – e versões, o forró torna-se estrela matutina no mês de junho.
Mas na verdade ele ressoa o ano inteiro em casas, festas e shows onde o desejo de dançar coladinho toma a sola dos pés, sobe à cintura sinuosa, aquece o coração e segue onipresente na memória afetiva dos brasileiros.
E hoje, quem são os novos artistas que conduzem nacionalmente o legado de ícones como Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Elba Ramalho, Maciel Melo ou Flávio José?
Com um pé no Nordeste e outro no mundo, apresentamos um herdeiro legítimo dessa rica musicalidade: JUZÉ. Paraibano, compositor, dono de uma sonoridade ímpar e uma poesia contemporânea, Juzé lançou em 20 de junho, o single de estreia de seu primeiro álbum solo dedicado ao gênero.
“Rede no Cangote” traz expressões, melodia e sentimentos intrínsecos ao universo nordestino e ao Forró, elevado a Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan em 2021 e que caminha para o reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco este ano.
A nova música – um envolvente e delicioso xote – sublinha Juzé como um dos principais artistas a investir na renovação do ritmo, avalizado por nomes como Cátia de França, Alceu Valença e Elba Ramalho, com os quais dividiu o palco em diferentes ocasiões nos últimos anos.
Grande público
Conhecido pelo grande público por sua atuação como o repentista Totonho das novelas Mar do Sertão e No Rancho Fundo – era ele quem empunhava o violão nas famosas “Cenas dos próximos capítulos” – Juzé tem uma vasta trajetória na música e em trabalhos anteriores no gênero, com a banda Os Gonzagas e as artistas Lucy Alves e Juliette.
Sua escrita versátil e criativa é fruto de uma vida lendo e escutando importantes poetas nordestinos, como Patativa do Assaré, Ivanildo Vilanova e Jessier Quirino, além de muitas cantorias na noite com clássicos de Vital Farias, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho.
Os versos e o embalo gostoso dois-pra-lá-dois-pra-cá de “Rede no Cangote” remetem às influências de infância Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Flávio José, e dançam em compasso perfeito com a nova geração de forrozeiros.
Tanto que, semana passada, o artista foi um dos escolhidos pela Rede Globo de Pernambuco para estrelar o programa Som do São João Gerações, reunindo artistas novos e veteranos unidos pela mesma paixão.
Juzé apresentou sua contagiante canção “Nordeste Destino” – que soma mais de 40 mil plays orgânicos nas plataformas de música – e fez um dueto inédito com o mestre Petrúcio Amorim no seu sucesso nacional “Tareco e Mariola”.*
“O forró é a minha essência. É a festa do meu povo, expressão da minha gente.
Este álbum vem com minhas origens muito fortes, não apenas juninas, mas nordestinas; a mistura do sangue sertanejo do meu pai, onde bebo da fonte de Luiz Gonzaga, por exemplo, e a musicalidade que consumi com Elba Ramalha, Flávio José, Mastruz com Leite e muitos outros.
Memória afetiva
Uma memória afetiva da música, do povo, da dança, da rítmica de São João em composições atuais, verdadeiras e com a pegada do meu Bando, um forró vibrante e contemporâneo”, explica Juzé, adiantando a verve do EP “Mormaço de Fogueira”, que será lançado em Julho.
“Rede no Cangote” traz qualidades peculiares do paraibano, tanto que, ano passado, os críticos da revista Rolling Stone alertaram: Ele é um dos artistas mais interessantes dos últimos tempos.
Sua nova música une sentimento sincero, linguagem popular, arranjos trabalhados e uma interpretação cheia de personalidade.
A certa altura da canção, Juzé surpreende e recita um poema com ares de cordel futurista, para logo em seguida explodir em alegria na canção.
“É uma música forte na simplicidade.
Uma canção de amor, de saudade, sobre a vontade de estar perto.
E a poesia do meio eleva o sentimento, aumenta o tom, esquenta a música, vira uma paixão”, afirma o artista.
“Eu gosto tanto de um cheiro no cangote que escrevi o verso ‘Deixa eu armar uma rede no teu cangote’ com a ideia de ficar balançando e cheirando o tempo todo”, brinca ele, destacando “o arranjo riquíssimo” de Jefferson Brito.
Então chega de prosa e vamos aproveitar a malemolência da sanfona e se deixar levar pelos versos de Juzé. “Rede no Cangote” é daqueles forrós indispensáveis nas playlists de São João.
E pode se preparar porque o álbum “Mormaço de Fogueira” está chegando com mais canções para esquentar a festa e cruzar o salão trazendo muito forró e convidados especiais! Comece por aqui: “Rede no Cangote”: https://tratore.ffm.to/redeno

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Fonte: FOGO NO PAIOL MUSIC HUB
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