O Banquete, de Mário de Andrade, novo espetáculo da Companhia Ensaio Aberto, estreia dia 7 de setembro com sessões gratuitas e populares no recém-inaugurado Teatro Vianinha, no Armazém da Utopia.

Com direção de Luiz Fernando Lobo, o espetáculo celebra o início de um novo ciclo na trajetória da companhia, conhecida por sua forte atuação no teatro de combate e engajamento social.
“Com Lima Barreto começamos a Companhia Ensaio Aberto há 32 anos. Agora iniciamos uma nova etapa, um novo ciclo.
Mais uma vez recorremos à nossa herança negra, reconhecendo, como Mário, que não pode haver uma cultura nacional, popular, se virarmos as costas para essa herança”, destaca Luiz Fernando Lobo, diretor do espetáculo
O Banquete nasceu da reunião de crônicas musicais escritas semanalmente por Mário de Andrade para o rodapé “Mundo Musical” do jornal Folha da Manhã e, posteriormente, publicadas.
Em 1943, Mário deu início a esse projeto, interrompido com sua morte, em 1945. Uma obra inacabada, como outras obras dele. Autor que encarava a arte como incisiva forma de combater sem se preocupar em criar obras “perfeitíssimas e eternas”.
Mário aproxima-se assim de uma ideia de “não-síntese”, de uma “arte do inacabado”, uma arte de combate.
Em O Banquete, a trama reflete a visão crítica de Mário sobre a sociedade e o papel do artista, aproximando-se de uma “arte do inacabado” que questiona e desafia o espectador a olhar criticamente o mundo ao seu redor.
A primeira temporada de O Banquete contará com 12 sessões gratuitas, de 7 a 27 de setembro, promovendo o acesso democrático à cultura.
A partir de 27 de setembro até 11 de novembro, o espetáculo seguirá em cartaz com preços populares.
A Ensaio Aberto incentiva o uso consciente dos ingressos gratuitos, direcionando-os para o programa de democratização de acesso da companhia, a Ciência do Novo Público. Grupos, instituições, escolas, projetos e movimentos sociais já podem agendar suas visitas.
O Armazém da Utopia, que esteve fechado para obras de restauração e modernização por 15 meses, abre suas portas com o Teatro Vianinha como seu principal espaço de apresentação, um espaço cultural multiúso que homenageia Oduvaldo Vianna Filho, um dos grandes nomes do teatro político brasileiro.
Com capacidade para 272 pessoas, o teatro é um espaço acessível e inclusivo, pronto para receber o público com toda a infraestrutura necessária.
As obras foram financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com patrocínio master da Shell e do Instituto Cultural Vale, além do apoio de MRS Logística, Multiterminais e Universidade Estácio de Sá/Instituto Yducs, todas com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Mais sobre o espetáculo
Tudo se passa em Mentira. Mentira, ora é um país “vizinho do Brasil”, ora uma “simpática cidadinha paulista” onde fica a mansão onde ocorre um banquete.
Como nos avisa Mário “algumas coisas só se resolvem a golpes de banquete”.
Em toda sua obra, Mário nos convoca a olhar atentamente em volta, a pensar criticamente, de forma profunda e verdadeira, em nosso papel como artista, como cidadão, como brasileiro. Realizar o Brasil continua sendo um desafio.
Com cenografia assinada por J.C. Serroni, figurinos de Beth Filipecki e Renaldo Machado, iluminação de Cesar de Ramires e direção musical de Felipe Radicetti, o espetáculo conta com um elenco de 21 atores e atrizes da Companhia Ensaio Aberto e convidados.
Entre eles, Leonardo Hinckel, Tuca Moraes, Gilberto Miranda, Grégori Eckert e Luiz Fernando Lobo. A direção de produção é de Tuca Moraes, com coordenação de Dani Carvalho.
Sobre a Companhia Ensaio Aberto
A Companhia Ensaio Aberto nasceu no ano de 1992, com a proposta de retomar o teatro épico no Brasil e fazer dos palcos uma arena de discussão da realidade, resgatando sua vocação crítica e política.
Desde que foi fundada pelo diretor Luiz Fernando Lobo e pela atriz Tuca Moraes, a Ensaio Aberto explora a ideia do ensaio como experimento e busca romper a ilusão do teatro, questionando e reinventando a relação palco-plateia.
A montagem “O Cemitério dos Vivos” (1993) foi a que inaugurou a Companhia, que já traz em sua história vinte e sete espetáculos, incluindo edições de peças consagradas, como “Missa dos Quilombos”, que ficou mais de uma década em cartaz e tornou-se um símbolo do trabalho do grupo.
Em 2018 foi encenado “Estação Terminal de João Batista” baseado na obra de Lima Barreto e “Que Tempos São Esses?”, com a curadoria de Luiz Fernando Lobo, João Batista e Marcos Apóstolo.
Já em 2019, os últimos trabalhos do coletivo foram “A Mandrágora”, de Maquiavel e “Luz nas Trevas, de Bertolt Brecht. Ainda em 2019 a Companhia apresentou “Canto Negro” com direção de Luiz Fernando Lobo e direção musical de Túlio Mourão Armazém da Utopia.
Em 2021 foi apresentado “O Dragão” de Eugène Schwartz Direção de Luiz Fernando Lobo Armazém da Utopia.
www.armazemdautopia.com.br Instagram: @armazemdautopia

Serviço:
Sextas, sábados, domingos e segundas | 20h
Armazém da Utopia
End Armazém 6 – Cais do Porto RJ/RJ
Lotação 272 pessoas
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 90 minutos
Recomendado chegar com 60 minutos de antecedência
Temporada gratuita – De 07 a 27 de setembro
Temporada Popular – De 27 de setembro a 11 de Novembro
Inteira – R$ 60,00 / Meia – R$ 30,00 – https://www.sympla.com.br/produtor/armazemdautopia
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Fonte: LEAD Comunicação
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